sexta-feira, setembro 23, 2005

Na mesinha da cabeçeira(5)


"O que sei é que ela chegou num avião, mostrou um passaporte com uma fotografia ainda de menina, esperou pelas bagagens, entrou num táxi e mostrou ao motorista um papel onde estava escrito uma morada. Tinha talvez vinte anos, talvez mais, nunca sei. Mas lembro-me de ela me dizer que quando chegou se tinha sentido muito assustada, muito perdida. Isto apesar de ela não ser de lugar nenhum, porque tinha nascido num país, crescido noutro e depois partido para outro e para mais a sua família era pequena, espalhada e dispersa pelo tempo e pelos sentimentos. Era judia, mas isso pode não querer dizer nada, a não ser nos pesadelos que continuam de coisas que se ouviram aos mais velhos e não se esquecem nunca e continuam sempre a meter muito medo. Mas para mim isso era muito, quase, reconheço-o só agora, demasiado importante. É saber de onde se vem, ter uma história e um destino, é não estar perdido e sozinho num mundo que não é de ninguém. É ser um que está de passagem de deus para deus, era o que era."

Pedro Paxão - Boa Noite

Aqui fica mais uma dica, é k hj fui busca.lo e ja o devorei kuase todo hihih

2 comentários:

Sandrinha disse...

minha perola, depois ja sabes. quero a listinha dos livros pra te pedir alguns de vez enquando ^^
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Pistaxa disse...

Pois eu amanha já is escolhes keu eskeço me sp de os levar.assim levas os k kiseres=)