Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
É que nem digo mais nada =)
5 comentários:
e fazes tu muito bem minha perola, ás vezes o facto de pensar estraga tudo.. nem sempre a razao e o coraçao têm de andar de maos dadas..
e espero que nesse caminho que decidas seguir, o teu caminho se encontre com o meu, vezes e vezes sem conta ^^ *********
Vou fazer deste comment um espaço muito esgoista :o); porque gosto muito de Alberto Caeiro, para mim o melhor dos heteronimos de Fernando Pessoa...Mas.... "sentindo-me abrasada, neste momento penso,em tudo e em nada, no branco e no preto, no azul do céu e do mar, no sol e na lua...e, de repente surge-me...que faço eu aqui?! penso que talvez cumprimendo apaixonadamente o meu desejo de ser talvez como o sol que brilha, a lua que alucina, o céu que reluz todas a estrelas.... oiço vozes vindas lá do fundo; mas simplesmente hoje não as quero ouvir, vejo crianças e velhos e penso...o que fui, o que sou e se serei assim....." No fundo a razão só irá fazer com que o coração seja mais seguro a aguentar tudo aquilo que se passa na vida! Vai para onde te leva o vento, mas deixa que todo o teu corpo, mente e alma...vá junto, para que nunca te percas do que és! O facto de sentirmos que não temos um caminho a seguir não nos pode fazer sentir que não temos rumo...mas que temos mais do que uma hipotese a seguir...todos os caminhos que algum dia se cruzaram nunca se perdem, porque o coração impede que "caias" em esquecimento...
Isto é só poetas, carago! sim senhor =)
Ora bem eu nem sei por onde começar hihih
sandrinha disso na tenho a menor duvida ********=)
Juanita espero k sejas "egoista" aki nos comements muito mais vezes =)
Kot ah poiz é aki na se brinca hihih
concordo com a juanita e faço uma adenda: perante a ausência de rumo físico/espiritual/social considero que existe um dipolo de consciência optimista e pessimista que caracteriza a consciência. no seu núcleo, o optimista permite-nos ver e desdobrar o futuro num mar de oportunidades, destinos e possibilidades. Na vertente pessimista impera a interrogação do futuro, infinitamente recursiva e nostálgica.
Na realidade... não deverá existir nada mais nada menos que o meio termo, a conjugação das duas: o "e agora?", com a consciencialização da diversidade da escolha.
Na mais básica condição humana, todos podemos fazer tudo. Basta escolher um rumo, e desejar segui-lo.
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