quarta-feira, outubro 12, 2005

*...*


Toquei à porta, não atendeste.
Naquele momento, suspirei
Como se tivesse sido o meu
Mais profundo e sentido suspiro!
Mantive a esperança,
Mas todos o negro perfume que
Me invadiu o Ser, enquanto
Tocava nessa maldita campainha, até
Fez com que me enchesse de lágrimas.
Senti como se tivesse perdido
O chão, o Céu e toda a
natureza em volta morresse,
Ali mesmo... enquanto soava
O barulho da tua nefasta campainha!
Até que, reparei que a tua porta
Estava encostada, não fechada, mas encostada!
Tive medo, juro...tive medo; nem parecia teu!
Tive medo do que me esperava....
Sei que, ontem as minhas palavras
Foram terrivelmente brutas,
Toda a nossa discussão me
Passava em memória enquanto
Percorria teu rosado corredor;
Lembro-me...estou aqui para dizer que te Amo.
Que desconforto...
Volto a sentir-me sem ter onde andar; pareço Nú!
Cada passo que dou, parece mais longe
A entrada do teu quarto.
Está tão escuro...mas cheguei!
Mas, quando entro no teu quarto
Aquele negro perfume volta...
Toda a discussão me retorna à lembrança..
Pesada memória...
Vejo-te deitada...
Meu anjo, estás pálida... estás bem?!
Pareces adormecida...mas estás em Paz?
Estás torta nessa cama, parece que te atiraste
ou deixaste-te cair...
"Olha, vim dizer que te Amo, esqueçamos tudo",
"Amo-te"....
De repente, apercebo-me que toda a discussão foi dificil...
Para ti.... para mim, será para sempre!
As minhas palavras ontem, foram brutas...
Terrivelmente brutas....
e mortalmente brutas para nós!

1 comentário:

Pistaxa disse...

Este blog tah a ficar um mimooooooooo =)))
"Cada passo que dou, parece mais longe
A entrada do teu quarto."
Gostei!!