Encontrei-te recostado num sorriso que não é teu
Mentiste com a lágrima que deixaste cair de teu rosto
És um banido de sentimento, de sofrimentos!
És filho das palavras que criarei para ti
Não fugirás pela triste realidade que lamentas
És caminho de eternidade
És sol de luminosidade!
Liberta a mágoa em que repousas
Recria a alegria das dúvidas que causaste
Acorda do adormecido sonho profundo;
Acorda pela realidade que deixaste de criar
Abraça o mundo das decisões e
Deixa partir o caminho saudoso das incumbidas
Lembranças partidas e repartidas
Que teimas em deixar perdidas nas almas
Sucumbidas de quem conheces!
Anima o espírito que ainda não me viu chegar.
Perde-te no mundo do teu sonho e
Não do sonho de quem não sabe viver.
És alma, sonho e perdição de um caminho
Que não terei percorrido, mas que vivo,
Pelo instinto que vais perdendo,
Talvez por apanhar um juízo que
Não tenha consciência e que faça
Reviver o recostado sorriso que vi
E a lágrima que senti correr-me o rosto
Quando te vi e não te imaginei!
Quando te sorri e não te vi!
És a aliança, a comunhão
Que eu deixei perdida, quando me meti
No caminho da escuridão!
Serás a salvação... as palavras em comunicação
Com o real, o sonho e a perdição!