domingo, abril 29, 2007

Reflexão do dia : A importância da sinceridade e da honestidade nas relações amorosas

Quando penso numa ética das relações amorosas, uma das primeiras ideias que me ocorre é a importância da sinceridade das pessoas consigo próprias e face ao companheiro(a).

A sinceridade e a honestidade são conceitos muito amplos e difíceis de definir e enquadrar.

A sinceridade e a honestidade começam a ter uma maior relevância numa relação amorosa quando a falta das mesmas surge, não tanto para com o outro, mas particularmente em relação ao eu, à minha pessoa, para comigo. Surge um pouco à medida do "se não me amo, então como poderei eu amar um outro?"

Sugiro que se pense nesta questão da seguinte forma: a mentira é mais grave quando não temos consciência dela. Se nos iludirmos sobre o amor (em quantidade ou na qualidade) que temos por nós próprios, corremos igual risco de iludir o outro sobre o amor que temos por ele.

Mas será isto, mesmo verdade?!

Será que não podemos amar o outro, mesmo quando não nos amamos? Será que podemos não nos amar de todo? Será que junto do amor que nutrimos por nós, não haverá também sempre um ódio ou um desamor por nós? Será que as dinâmicas entre o amor e ódio estão sempre, e necessariamente, presentes e que o problema reside na proporção que cada um deles ocupa na personalidade num dado momento? Será que a mentira é consequência do ódio, da agressividade ou do desamor?

Tantas e tantas questões. O que são pequenas mentiras? Quem e como se determina uma pequena mentira? Serão as pequenas mentiras, as mentiras piedosas?

Depende da forma e do modo como for dito, e do próprio modo de falar.

Mentir acho que não, acho preferível então omitir.
Por pequena que seja a mentira leva a caminhos algo difíceis.

A máxima “verdade a qualquer preço” poderá ser aplicada com rigor nas relações amorosas? Dizer à namorada ou ao namorado “hoje estás horrível!” só porque é verdade ou pelo menos é a verdade que se percepciona nesse momento, é bom? É bom para quem? Para a pessoa que ouve? Para a pessoa que diz? Para a relação? Nesta situação, dever-se-ia mentir? Dever-se-ia omitir?

O exemplo do "hoje estás horrível!" é fantástico. Porque demonstra claramente que a sinceridade in extremis pode acarretar sérias inconveniências...

Como mulher, digo que uma mulher dá muito mais valor a um homem que a fere com a verdade, do que a outro que a poupa com uma mentira piedosa.

Mas isto é a minha opinião...

Atrevo-me até a lançar uma questão: será que como no psiquismo individual, no qual a consciência «filtra» a realidade por meio dos mecanismos de defesa, oferecendo preponderância a uns em detrimento de outros, e tudo em favor de um equilíbrio (não obstante a deturpação inevitável da realidade que tal acarreta), a relação necessita também ela dessa «filtragem»? Para ela conseguir o seu equilíbrio? Poderá assim explicar-se o sucesso ou insucesso de um relacionamento por meio dos pontos de vista tópico, dinâmico e económico da teoria psicanalítica?

Numa relação, deveria ser 1+1=3, sendo que "eu" mais "tu" é igual a "eu", "tu" e "nós". Significa isto que uma relação integra, em simultâneo, (1) a percepção de mim próprio, (2) a percepção do outro e (3) a percepção do "nós" ou da relação; e este mesmo raciocínio deve ser aplicado a ambos os intervenientes na relação.

A vida, as relações e ralações da mesma se conseguem conjugar muito bem com as pequenas, mas por vezes necessárias, mentiras.

Mas porque raio, e desculpem-me os homens que possam ficar ofendidos, os homens de hoje não têm tomates pra dizerem a verdade e serem honestos?

Não, não me estou a referir aos "ditos cujos" no verdadeiro sentido da palavra... Refiro-me sim, á falta de frontalidade, honestidade, sinceridade e muitas outras coisinhas acabadas em "ade" que não me apetece estar aqui a mencionar.

Este é um tema com pano para muitas mangas!
Da minha parte, continuarei a reflectir sobre isso.

4 comentários:

Anónimo disse...

n ha palavras para definires isso pq acerca de sinceridade e honestidade esta tudo numa questao de sentir. repara, se pensares nisso é pq estas a racionalizar uma coisa q tem de ser sentida. se a sinceridade ou a honestidade n saem na hora ou no momento, minuto, segundo q devem de q vale pensar?

Anónimo disse...

ass: oLKo

Pistaxa disse...

verdade sim senhor=)

Sandrinha disse...

isso tb é verdade sim senhor..
mas ha pessoas assim...