Vítor Manuel Martins
Baía (São Pedro da Afurada, 15 de Outubro de 1969) é um futebolista português que joga na posição de guarda-redes.
Nascido no concelho de Vila Nova de Gaia, Baía começou a jogar futebol no Académico de Leça. Aos treze anos mudou-se para o FC Porto, onde passou a maior parte da sua carreira. Aos dezanove anos foi pela primeira vez chamado à equipa principal por Artur Jorge (treinador português que conquistou a Taça dos Campeões Europeus de Clubes em 1987, com o FC Porto) num jogo contra o Vitória de Guimarães em Setembro de 1989 e não mais perdeu o lugar.
Chegou à baliza da selecção portuguesa com 21 anos. Estreou-se no dia 19 de Dezembro de 1990, num jogo frente aos Estados Unidos, iniciando aí uma década em que a camisola nº1 de Portugal lhe pertenceu quase em exclusivo.
Ao serviço do clube portuense ganhou cinco campeonatos nacionais e duas taças de Portugal, sofrendo 116 golos em sete épocas (uma média de apenas 16,5 golos sofridos por ano).Esteve presente com a selecção portuguesa no campeonato europeu de 1996, em Inglaterra, após o qual se transferiu para o FC Barcelona, de Espanha, transformando-se no mais caro guarda-redes do mundo.

Depois de uma boa primeira época ao serviço do clube espanhol, Vítor Baía sofreu uma lesão, em Agosto de 1997, e o técnico holandês Louis Van Gaal retirou-o da primeira equipa, preferindo o seu compatriota Ruud Hesp. Em Janeiro de 1999, após vários meses sem jogar no Barcelona, Baía, ainda como jogador do Barcelona, regressou ao FC Porto para relançar a sua carreira.
Em 2000 integrou a equipa da seleccção nacional para o Campeonato Europeu de Futebol onde esteve em bom plano ao defender uma grande penalidade nos quartos-de-final de Arif da selecção da Turquia, mas não tendo hipóteses na grande penalidade apontada por Zinedine Zidane que iria eliminar Portugal nas meias-finais.
No ano seguinte, uma lesão no joelho afastou-o dos relvados durante praticamente uma época, o que levou a que muitas pessoas pensassem que iria acabar a carreira.
Contudo, Baía voltou ao seu melhor, recuperando a tempo de representar Portugal no Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão. Nessa competição, Baía foi titular, quando se esperava que fosse Ricardo guardião do Boavista a defender as redes da selecção, pois este tinha sido titular nos últimos cinco jogos da fase de apuramento (nos primeiros cinco o titular havia sido Quim).
Quando Luiz Felipe Scolari foi nomeado selecionador nacional, Baía nunca mais defendeu as cores de Portugal. Todavia, ao serviço do FC Porto, manteve sempre a titularidade, excepto num pequeno período em que se desentendeu com José Mourinho.
Em 2003, Vítor Baía foi o guarda-redes titular do FC Porto na final da Taça UEFA, em Sevilha (Espanha), que a equipa portuguesa venceu por 3-2, após prolongamento ao Celtic de Glasgow e no ano seguinte foi também titular na final da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen (Alemanha), em que o FC Porto ganhou 3-0 ao AS Monaco, tendo mesmo sido considerado o melhor guarda-redes europeu de 2004, pela UEFA.
Viria a perder a titularidade no final de 2005, quando o treinador holandês Co Adriaanse considerou que Helton seria melhor opção. Hoje, aos 37 anos, é o guarda-redes suplente do FC Porto e um dos jogadores mais influentes no balneário portista.
Vítor Baía é o jogador de futebol com mais titulos a nível mundial, já conquistou 32. Pelé e Rijkaard contam com 25 cada um.
Curiosidades 
É o detentor do 5º melhor registo de imbatibilidade de sempre da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol.
Foi o 1º jogador português a atingir as 75 internacionalizações (16 de Agosto de 2000).
Em 2004, obtém o Record de 1192 minutos sem sofrer golos no Campeonato Nacional.
Conquistou 10 campeonatos nacionais de séniores.
É-lhe atribuída a designação de futebolista com mais títulos, na história do futebol mundial, alcançados na sua (longa) carreira: 32. Pelé e Riijkard são os que se seguem com 25 títulos.
Na cápsula do tempo enterrada pela UEFA aquando do seu jubileu de ouro em 2004, foi colocado um par de luvas de Vítor Baía. [1]
Tem uma fundação em seu nome: a Fundação Vítor Baía 99. 99 é o número que ostenta nas costas desde que voltou ao FC Porto.
Em 11 de Novembro de 2005 lançou a sua autobiografia