"Embora a violência tenha caído no Iraque, os recursos gastos com a segurança do país só aumentam. Segundo a ONG National Priorities Project, um grupo independente que visa medir os gastos governamentais em diversas áreas, os conflitos já consumiram mais de US$ 504 biliões dos cofres públicos americanos.
Em 2008, a guerra vai iniciar seu sexto ano, com gastos de aproximadamente US$ 12 biliões por mês, segundo informações do prêmio Nobel de economia Joseph E. Stiglitz e da professora Linda J. Bilmes, no livro "The Three Trillion Dollar War" ("A Guerra de Três Trilhões de Dólares", em tradução livre).
Segundo o estudo, a taxa é o triplo da registrada nos primeiros anos da guerra. Após 2008, os autores prevêem gastos de US$ 2 triliões com os conflitos, se as tropas permanecerem no Iraque até 2010. Somente os juros dos empréstimos para manter a guerra representam um gasto de US$ 816 biliões, de acordo os pesquisadores. O total supera os US$ 670 biliões gastos em 12 anos da Guerra do Vietname.
Antes da invasão do Iraque, o então diretor do governo para o Orçamento, Mitch Daniels, rejeitou uma estimativa feita pelo assessor de economia Lawrence Lindsey, segundo o qual os EUA gastariam entre US$ 100 biliões e US$ 200 biliões.
Entre os custos antes não computados estão o ônus da recuperação de Forças Armadas sobrecarregadas por várias missões, o crescimento menor da economia norte-americana no longo prazo e dos gastos com o tratamento médicos de veteranos da guerra.
Os pesquisadores basearam suas projeções parcialmente em guerras ocorridas no passado e incluíram entre os custos o aumento no preço do petróleo, o aumento do déficit norte-americano e uma maior insegurança no cenário mundial decorrente do conflito.
As projeções da Comissão de Orçamento do Congresso para os próximos anos mostram gastos próximos do previsto pelos autores, entre US$ 1,2 trilião e US$ 1,7 trilião, mas para as duas guerras nas quais os Estados Unidos estão envolvidos -- no Iraque e no Afeganistão.
Os números não incluem os custos das guerras para o resto do mundo. No Iraque, por exemplo, a invasão promovida em 2003 --com devastadores ataques aéreos-- destruiu grande parte dos sistemas elétricos e de infra-estrutura, como refinarias, fábricas, hospitais, escolas e outros pilares de qualquer economia.
As razões para os crescentes gastos são várias, dizem os autores. Elas vão desde o surgimento de novas unidades no Iraque, aumento no preço dos combustíveis, novos bônus para realistamento e a necessidade de renovação de equipamentos militares destruídos."
Demasiados "zeros"... As prioridades estao todas trocadas.
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