Traição e Falsos Amigos

Todos nós precisamos de amigos, de aliados, companheiros, pessoas com quem podemos contar. Pessoas em quem podemos confiar, com quem podemos falar.

Ninguém consegue viver sozinho, e por muito que as coisas nos passem ao lado, acabamos sempre por repensar em certas coisas que fizemos, que dissemos.
Arrependemo-nos do mal que causamos a outras pessoas, isso acaba sempre por acontecer. Tudo o que desejamos aos outros voltará para nós com mais força.

Lá está a teroria do boomerang recentemente postada.

Eu ultimamente tenho desejado demasiado mal a certas pessoas, mas não lhes tenho feito mal. Não poderei dizer o mesmo quando se trata do contrário, porque além de me desejarem mal, também me fizeram mal.
Mas, na boa, quem me conhece sabe a força que tenho cá dentro, e que sobrevivo muito bem a situações complicadas.

Claro que não poderei dizer o mesmo de toda a gente, nem toda a gente tem essa sorte, de ter "coragem". Há quem deseje mal e que faça mal, mas que não está minimamente preparado para sofrer as consequências das suas maldades.

Mas em alturas como estas de maldades, sofrimentos e afins, as pessoas traem.. Traem os namorados, as namoradas, as namoradas com as amigas dela, os namorados com os amigos dele..

Mas, afinal, por que as pessoas traem?

A traição não é uma atitude que se possa chamar de moderna. Sempre existiu. Homens e mulheres, de uma forma ou de outra, nunca estiveram livres do "pecado" do adultério. É facto que, na nossa sociedade, a tolerância com a infidelidade masculina sempre foi maior do que com a das mulheres.
Com a revolução feminista, no entanto, o sexo dito "frágil" passou a preocupar-se menos com a dissimulação de seus actos, e, mais abertamente, a assumir que também está sujeita a dar as suas "puladinhas de cerca".

Mas, eu volto a repetir, afinal, por que as pessoas traem?

Segundo a psicoterapeuta Olga Inês Tessari, são vários os factores que levam à traição: questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o(a) parceiro(a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo, ou mesmo de poder. "A idéia de posse existe em quase todas as relações estáveis e as cobranças de fidelidade são normais e aceites pela sociedade."

A falta de diálogo entre o casal é outro motivo relevante. "Essa comunicação é transferida para outra pessoa. Opta-se, neste caso, por uma saída aparentemente mais fácil. Por vários motivos, é excluída a possibilidade de aceitar o outro como ele é. Ao invés de tentar crescer com seu parceiro, algumas pessoas passam a acreditar que só terão alegrias, emoções e crescimento fora do casamento", declara Olga.

Relações monótonas, que caem na rotina, também são convites ao adultério.

"Qual ser humano consegue viver sem emoção?", pergunta a especialista em dificuldades nos relacionamentos. Em situações como essa, as pessoas costumam acomodar-se. Esse conformismo, segundo Olga, "gera pessoas insatisfeitas, ressentidas, e arrependidas do que nunca fizeram..." Está aí aberta uma porta para a traição. "Mais dia menos dia, elas podem ser levadas a buscar, em outra pessoa, aquilo que ficou reprimido, por muito tempo, no relacionamento que está vivendo."

Traição significa ausência de amor?

O terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr. acredita que "não necessariamente. Tudo depende de como o relacionamento se estabeleceu, desde o início".
O terapeuta faz distinção entre "amor" e "casal socialmente formado". "Uma pessoa pode amar outra, mas isso não significa que esteja disposta a se comprometer a acções e comportamentos socialmente determinados ou permitidos. As formas de pensar e a moral de cada pessoa não estão necessariamente associadas ao amor que sente."

Olga lembra que, "teoricamente, quem ama respeita e quem respeita não trai". No entanto, há casos em que as traições "são experiências fortuitas e ocasionais". O pior é quando "a infidelidade torna-se uma constante e serve como uma muleta para a manutenção de um relacionamento, buscando-se, lá fora, a complementação do que não se tem dentro de casa". Quando isso acontece, "é hora de se parar e refletir seriamente sobre seus ideais de vida e de relacionamento", alerta a psicoterapeuta.

Mas depois desta lenga lenga toda, eu pergunto-me, e uma coisa mais específica : "Porquê trair uma grande amiga com o namorado dela? Ainda por cima quando essa amiga nos pede ajuda para reavivar o relacionamento que sente estar a perder e cair na monotonia, e a falsa amiga dissimulada prontifica-se logo a ajudar?"

Como se costuma dizer, "Com amigos destes, quem precisa de inimigos.." Ou entao aquela velha máxima "Mantém os teus amigos perto, e os teus inimigos ainda mais perto"

Eu até posso entender e tentar aceitar algumas traições, mas neste ponto específico, eu nao entendo, e acho que nunca vou entender..

Mas a vida é mesmo assim, temos cá pessoas boas, e pessoas que não valem nada, e que acabam por ser descobertas. Acabam por ser vistas, como aquilo que realmente são. Pessoas sem caractér. Essas pessoas acabam por ser descobertas pelos outros, pelos seus amigos, e inimigos. A vida é mesmo assim.

What goes around comes around!!!

Eu deito-me todos os dias, com a consciência tranquila... E vocês?

(Desculpem-me a extensão do texto, mas tava a precisar de tocar e desabafar sobre este assunto **)