Uma mulher grávida explora a sua homossexualidade no dia do próprio casamento. Um homem infiel descobre que a mulher com quem acaba de casar se envolveu com a sua amante. É assim “Dorme Comigo”, de Joanna Briscoe, irreverente cronista dos jornais ‘The Independent’ e ‘The Guardian’: um ‘thriller’ erótico narrado a duas vozes, que mergulha no lado mais obscuro do desejo, explorado tanto no masculino como no feminino. O livro foi nomeado para o prémio Le Prince Maurice e inclui o top da Publisher’s Weekley.
Richard e Lelia acabaram de apanhar um taxi para mais uma festa no centro da cidade. Atraentes, na casa dos trinta, arrogantes e apaixonados, no início de carreiras promissoras, são o cliché do casal perfeito no centro da vida literária londrina. Sabemos que estão atrasados e que acabaram de conceber uma criança.
A festa é uma viragem inesperada na vida de ambos. Começa na outra ponta da mesa, onde uma pálida jovem francesa, sem nada que a singularize, observa o casal. Sylvie é um verdadeiro fantasma, o género de pessoas de que não nos lembramos no dia seguinte, mas à força de a encontrar nos lugares que costuma frequentar, Richard deixa-se seduzir por aquela mulher discreta e enigmática, cheia de evasivas, misteriosas alusões literárias, sugestões e indirectas.
O que Richard ignora é que enquanto se afasta de Lelia e de uma gravidez que o assusta cada vez mais, Sylvie torna-se omnipresente na vida da namorada e acompanha o desenvolvimento da gravidez com um interesse quase febril, levando Lelia a reviver um passado fracturante que ele desconhecia completamente.
Contada alternadamente a duas vozes, a história acompanha o casal enquanto este se deixa consumir pelas suas dúvidas pessoais e obsessões.
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