sexta-feira, maio 20, 2005

Diz-me

Diz-me,
Diz-me que me ouves,
Que aí, no silêncio dos astros que não
Têm nome, as minhas palavras chegam como um
Cântico, como um eco de outras idades,
Diz-me sem medo
Que me vês mais perto dos candelabros,
Nos salões de incenso aonde regressei
Para ver-te, para dizer-te como isto dói,
Como os anjos me abandonam sempre
Que chega o Outono.


José Agostinho Baptista

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